jun 16 2016

A IMPORTÂNCIA DOS TREINAMENTOS EM LICITAÇÕES

Publicado por at 4:06 pm under artigos

Em tempos de celeridade nas tomadas de decisões, o acesso às informações atualizadas no segmento em que cada profissional exerce sua atividade é de capital importância, sobretudo para aqueles que atuam junto a  Administração Pública, quer sejam gerindo ou contratando, haja vista a dinâmica das inovações, das demandas sociais, do interesse público e das alterações normativas, externas ou internas, serem permanentes.

Neste contexto, devemos entender como recurso fundamental aos que buscam atingir resultados exitosos, uma sólida política em treinamento profissional através dos processos personalizados e focados nas necessidades peculiares de cada um dos mais diversos segmentos existentes, público ou privado. Indubitavelmente os treinamentos agregam conhecimentos. Mais que isso, alavancam a autoestima do profissional, além de desenvolver sua capacidade de criatividade e produtividade. É justamente neste caminhar que os conceitos organizacionais poderão ser melhor compreendidos por aqueles que pretendem aprimorar sua relação com a Administração Pública, na condição de fornecedor ou gestor, razão pela qual jamais se pode considerar o desenvolvimento das habilidades profissionais como dispêndio oneroso, mas sim como investimento.

Como é sabido, o Poder Público viabiliza seu sustento e manutenção através das contratações públicas. Segundo dados colhidos no sítio www.comprasnet.gov.br, somente o governo central movimentou R$ 43,9 bilhões em aquisições de bens e contratações de serviços, no ano de 2015, por meio dos certames licitatórios instaurados, através das modalidades elencadas no art. 22 da Lei nº 8.666/93, quais sejam, concorrência, tomada de preços, convite, concurso e leilão, e ainda, Pregão (na forma presencial ou eletrônica) instituída através da Lei nº 10.520/02.

Apenas a modalidade pregão respondeu, aproximadamente, por 38% das compras governamentais, com um giro de quase R$ 17,0 bilhões.

Conforme anunciou a Federação Nacional das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas – FENACON, o decreto do governo federal nº 8.538/15, permitirá que as micro e pequenas empresas (MEs e EPPs) entrem de vez no mercado de compras públicas, avaliado em R$ 500 bilhões por ano.

A indagação que teima em não se calar é se, de fato, os profissionais que atuam junto a Administração Pública, na área das licitações, estão devidamente capacitados para atuarem satisfatoriamente. Não raras as vezes, evidenciam-se situações em que prevalece a ausência de conhecimento no trato do assunto, tanto por quem se apresenta como fornecedor, como por aquele que se posiciona como condutor da licitação, causando sérios prejuízos a ambas as partes.

Seguramente, o meio adequado a evitar desagradáveis episódios como o mencionado anteriormente é a percepção de que investir em capacitação profissional é o caminho a ser trilhado para o atingimento de resultados bem sucedidos.

                                                                                                                                               

                                                                                                                                                  Eduardo Maia é graduado em Direito e Administração de Empresas, com especialização em Gestão Pública. Técnico em Auditoria Pública no TCE/PE, atualmente é Assessor Jurídico no MPPE e Professor Universitário em Pós-Graduação na UPE/FCAP.

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